Estratégia guiada por dados: como criar?
É impressionante como, apesar do uso em massa de computadores e processos de TI, as equipes ainda subestimam a informatização.
Por menor que seja a empresa, uma estrutura mínima existe e dá suporte aos seus objetivos.
A maioria aparenta estar contente com o acesso às planilhas de excel, vendo nisso o futuro da gestão eficiente.
Não é o caso, claro.
Utilizar todo o potencial da tecnologia é questão de economia, respeito ao próprio negócio e visão de mercado.
Afinal, em uma época onde tudo gira em torno dos dados, estar alheio a eles é um pecado mortal para o crescimento (ou mesmo para a sobrevivência).
O caminho
A estratégia guiada por dados se faz necessária para todo empreendimento.
Contar com um fundamento sólido ao tomar as decisões estratégicas do cotidiano traz valor ao negócio.
Essa certeza leva a uma dúvida corriqueira: como criar um ambiente data driven?
Avaliando os diferentes caminhos adotados pelas empresas, é possível enxergar algumas lições importantes.
- Invista em bons softwares de gestão: ainda que os sistemas tradicionais sejam incapazes de (sozinhos) trazer à superfície tudo o que os gestores precisam para agir, eles são muito importantes para a integração, entrelaçamento e análise de dados. Um banco de dados funcional já é meio caminho andado para um processo eficaz de gerenciamento;
- Garanta a possibilidade de inovar: é imprescindível que o time tenha condições de atuar com o caminho livre para a inovação. Caso as ferramentas utilizadas sejam complexas (engessadas) demais ou as permissões sejam muito rígidas, fica difícil exigir um comportamento orientado a dados, uma vez que a ideia nasce no seio da inovação e é pra lá que se dirige;
- Incentive a visão data driven: quando o assunto é vendas, costumamos dizer que o mais entusiasmado dos vendedores é aquele que, de fato, acredita no que está oferecendo. Consciente da funcionalidade do seu produto/serviço em resolver um problema específico, age confiante nas oportunidades do dia a dia. O mesmo vale para as empresas data driven. Não é possível implementar uma abordagem analítica sem que a cultura dela esteja alinhada para dar valor aos dados. Esse tópico é um desdobramento natural do anterior, pois a equipe aprende a seguir o caminho das análises;
- Certifique-se do acesso aos dados: se o objetivo é, como discutido acima, abrir a mente do time para uma nova técnica decisória, promover o acesso fácil às informações úteis é a tarefa mais básica do executivo. Obviamente, existem formas e formas de cumprir essa missão. Uma delas é fazer com que a equipe se mobilize para entrar no banco de dados, um labirinto sem fim, na busca pelo que é relevante ao processo. A cada problema enfrentado, uma nova empreitada por esse buraco sem fundo é exigida, levando as pessoas a gastarem energia com algo que pode ser automatizado, além de causar uma grande perda de tempo. Outra opção é fazer com que as informações sejam entregues aos gestores e à equipe de modo proativo, sem que precisem tirar os olhos da tela do celular. De igual modo, as informações selecionadas para entrega passam pelo critério de relevância ao processo em questão, garantindo que só o que é realmente importante seja alvo de atenção por parte dos decisores.
Mude para melhor
Grandes são as vantagens de criar uma estratégia guiada por dados. No entanto, fica claro que o investimento técnico e cultural é necessário.
Todo ele vale a pena, sem dúvida, dado o retorno que a decisão bem fundamentada proporciona.
Ainda assim, transformar a abordagem administrativa é trabalhoso, exigindo foco e persistência por um longo tempo de adaptação.
Sabendo disso, inicie hoje mesmo essa mudança e invista no que diferencia a empresa do restante do mercado.
"Deixar para depois" não é opção quando as alterações de mercado e consumo acontecem num estalar de dedos.
Obs.: o processo decisório na sua empresa é confiável? Baixe nosso Checklist para Tomada de Decisão e avalie se a sua operação está baseada nos melhores critérios.